Está aí. Dilma Roussef foi eleita presidente do Brasil com mais de 56% dos votos válidos. Está aí. O Brasil tem, de agora em diante, uma mulher no comando da nau. E aí?
Vi muita gente comentando,e a propaganda também: a primeira mulher presidente do Brasil. Mulher também é gente, e pode pensar sobre os negócios do país, pode ser tão competente quanto qualquer homem nestes assuntos, pode vir a ter, assim como os homens, ideias brilhantes sobre a melhoria da vida coletiva, e também, assim como os marmanjos, pode roubar e ser insensível aos problemas que nos assolam. Mulher também é gente.
Observei também que muita gente preferiu ir para outro lugar mais divertido do que uma cabine eleitoral, mesmo que fosse por alguns segundos. 21.50% de abstenções, o que dá mais de 29 milhões de eleitores, não estavam dispostos a votar. Isso quer dizer alguma coisa, e não é preciso repetir o bordão do senhor Holmes: "elementar, meu caro Watson!" Mesmo soluçando (porque o ulular da DEMOcracia sempre é mais efusivo) estas milhões de pessoas têm algo a imprimir no debate político, e pelos motivos os mais variados não estavam afim de conversa com a justiça eleitoral. Paga-se R$ 3,50 e tudo está azul novamente. Se eu fosse um teórico político não perdia tempo, e iria o mais rápido possível a qualquer jornaleco impresso ou televisivo explicar, com alguma artimanha acadêmica, o por que que tanta gente não quis exercer seu DEVER garantido. Mas isso não vai faltar.
A pergunta persiste: e aí? Creio que quando o vislumbre acabar, quando todo mundo encher o saco com esta estória de primeira mulher, primeira isso, primeira aquilo, quando Dilma subir a rampa do Planalto e receber das mãos calejadas de Lula, agora pelas regalias do poder, afaixa presidencial, quando os primeiros impostos do ano que vem chegarem, as primeiras mazelas do novo ano aparecerem, os truques, as falcatruas, quando tudo isso chegar, talvez haja um diálogo mais eloquente, mais racional, eu diria.
Toda sorte do mundo a nós, brasileiros!
Vi muita gente comentando,e a propaganda também: a primeira mulher presidente do Brasil. Mulher também é gente, e pode pensar sobre os negócios do país, pode ser tão competente quanto qualquer homem nestes assuntos, pode vir a ter, assim como os homens, ideias brilhantes sobre a melhoria da vida coletiva, e também, assim como os marmanjos, pode roubar e ser insensível aos problemas que nos assolam. Mulher também é gente.
Observei também que muita gente preferiu ir para outro lugar mais divertido do que uma cabine eleitoral, mesmo que fosse por alguns segundos. 21.50% de abstenções, o que dá mais de 29 milhões de eleitores, não estavam dispostos a votar. Isso quer dizer alguma coisa, e não é preciso repetir o bordão do senhor Holmes: "elementar, meu caro Watson!" Mesmo soluçando (porque o ulular da DEMOcracia sempre é mais efusivo) estas milhões de pessoas têm algo a imprimir no debate político, e pelos motivos os mais variados não estavam afim de conversa com a justiça eleitoral. Paga-se R$ 3,50 e tudo está azul novamente. Se eu fosse um teórico político não perdia tempo, e iria o mais rápido possível a qualquer jornaleco impresso ou televisivo explicar, com alguma artimanha acadêmica, o por que que tanta gente não quis exercer seu DEVER garantido. Mas isso não vai faltar.
A pergunta persiste: e aí? Creio que quando o vislumbre acabar, quando todo mundo encher o saco com esta estória de primeira mulher, primeira isso, primeira aquilo, quando Dilma subir a rampa do Planalto e receber das mãos calejadas de Lula, agora pelas regalias do poder, afaixa presidencial, quando os primeiros impostos do ano que vem chegarem, as primeiras mazelas do novo ano aparecerem, os truques, as falcatruas, quando tudo isso chegar, talvez haja um diálogo mais eloquente, mais racional, eu diria.
Toda sorte do mundo a nós, brasileiros!